Páscoa judaica x Páscoa cristã

Revisado e corrigido em Chodesh Há’Avivi – 1º Mês  5778.

   Realmente é um tema de grande impacto e deve ser devidamente considerado pois as duas maneiras como ele são interpretado e ensinado, uma honra e a outra traz desonra ao Eterno.

   Para que possamos compreender devidamente esse tema precisamos lembrar ou mesmo aprender o significado dos seguintes símbolos:

 

1. Sábado

  • *  O Sábado pertence ao Eterno e Ele o deu a Israel como sinal para que todos os povos soubessem que Israel é o povo a quem Ele confiou Sua Lei e Estatutos através dos quais todas as famílias da terra poderão ser abençoadas por conhece-Lo. (Gn.12:2;  Ez. 20. 20:12 e 20; Dt. 4:1-10)

   Sendo o sábado um sinal, todos os povos precisam entender que para servir ao Eterno devem recorrer aos ensinos que Ele confiou a Israel e encontram-se registrado nas Escrituras Hebraica e não aos ensinos de povos pagãos como fez a igreja cristã primitiva e suas múltiplas ramificações que, com o objetivo de  converter povos pagãos, recorreram à filosofia grega para fundamentar suas doutrinas, adaptando e incorporando práticas e costumes greco-romano após revesti-los com caracteres cristãos que ao longo dos séculos foram incorporados à tradição e doutrinas fundamentais da igreja.

 

2. Sangue

  • *  Simboliza vida, a alma, ou seja, o próprio ser. (Gn. 9:4; Lv. 17:11). 

3. Holocausto

  • * Simboliza um ato de consagração. (Lv. 17:11) .

4. Pôr as mãos sobre a cabeça do animal a ser oferecido como holocausto

  • *  Nos tempos bíblicos este ato simbolizava a transferência da vida do ofertante para o animal de tal forma que aquele animal seria considerado como sendo o próprio ofertante.

5. Animal sem defeito. (Lv. 4:27)

  • *  Simbolizava pureza e sinceridade de coração que deve ter todo aquele que comparece ante a presença do Eterno.

6. O ato do próprio ofertante imolar o animal apresentado em holocausto

  • *  Significava que o ato de se consagrar ao Eterno é pessoal, individual e intransferível; ninguém jamais poderá consagrar-se em lugar de outra pessoa.

   Partindo desse princípio podemos dizer que quando o transgressor comparecia no pátio do santuário levando seu holocausto (uma cabra sem defeito) e o imolava diante do sacerdote que recebia o sangue do mesmo, este ato simbolizava que o transgressor reconhecendo sua culpa e necessidade de perdão, de coração contrito e sincero (simbolizado pelo animal sem defeito) comparecia diante do sacerdote confiando-lhe sua vida (simbolizada pelo sangue do holocausto) a fim de que o sacerdote ungido (Messias > Arcanjo Miguel) a apresentasse diante do Eterno para que fosse justificado no dia do juízo (Dia da Expiação).

   O ato do sacerdote receber o sangue do holocausto oferecido pelo transgressor contrito e colocá-lo nas quatro pontas do altar e derramar o restante na base do mesmo, simboliza o mesmo consagrando o transgressor contrito (simbolizado pelo sangue do holocausto sendo colocado nas quatro pontas do altar) reservando-o (simbolizado pelo ato de derramar o restante do sangue na base do altar) para ser justificado no dia do juízo (Dia da Expiação).

  • Como podemos observar neste ritual simbólico, em nenhum momento observamos qualquer sacerdote ou mesmo qualquer outra criatura assumindo o lugar do pecador contrito; o holocausto oferecido simbolizava o próprio ofertante.
O Ritual da Páscoa nas Escrituras Hebraica

   Ao contrário da oferta pelo pecado (uma cabra fêmea sem defeito – Lv. 4:28) que era apresentada pelo transgressor ao Eterno, o cordeiro pascal foi a única oferta apresentada pelo Eterno a todos seres celestiais (anjos – simbolizado pelos primogênitos) que beneficiaria toda criação ao ser aceita com alegria. 

  •  Ao aceitar essa oferta (cordeiro pascal), os anjos estariam demonstrando o reconhecimento e submissão espontânea à autoridade do Eterno.

   Essa oferta consistiu na apresentação do Anjo do Concerto – Arcanjo Miguel (simbolizado pelo cordeiro pascal), a quem todos deveriam prestar obediência em reconhecimento da autoridade e direito do Eterno delegar poder a quem Lhe aprouver.

  • Para o Cordeiro Pascal (símbolo do Anjo do Concerto) não havia imposição das mãos, significando com isso que ele não simbolizava aquele que o imolava.

   O Cordeiro Pascal simbolizava o Messias (Arcanjo Miguel) e o seu sangue, visto que sangue em um holocausto simboliza vida, o próprio ser representado pelo animal, o tomar o sangue do cordeiro pascal, e colocá-lo nos umbrais da porta de uma residência, significava que aquele que oficiava o holocausto simbolicamente estaria reconhecendo a autoridade d’Aquele que foi ungido, e através do mesmo, consagrando sua vida, sua casa e seus bens ao Deus eterno.

 

O Ritual da Páscoa na Igreja Cristã

   Ao formular suas doutrinas e rituais, a igreja cristã ao invés de recorrer aos ensinos do povo a quem o Eterno escolheu para ser Sua testemunha (Israel – Is. 43:1,10 e 44:8) recorreu aos ensinos de um povo pagão desvirtuando totalmente o significado simbólico do ritual da Páscoa conforme ensinado pelo Eterno a Israel, degradando a imagem do Deus Altíssimo e exaltando os atos de seu adversário (satanás) como podemos ver nos seguintes ensinos que envolvem a páscoa cristã e são antagônicos à páscoa instituída pelo Eterno a Israel.

 

  • • Na páscoa cristã é exaltado um homicídio realizado no Calvário, colocando-o como essencial a salvação dos pecadores que aceitam tal ato como prova do grande amor de Deus pelo pecador contrito. Exaltar tal homicídio equivale justificar satanás e responsabilizar o Eterno por tal evento visto que segundo a tradição cristã, foi Ele quem elaborou tal ato no conhecido “Plano da Redenção”.

Leia os seguintes artigos para melhor compreensão:

............... *  Messias e a Cruz

.................. *  Plano da Redenção

..................... *  Sangue

.................   .. *  Sangue do Cordeiro

...................   *  Calvário

................... *  Morte do Messias planejada pelo Eterno ?

................. *  Páscoa

.............. * Examinando o ritual da santa ceia

 

C o n c l u s ã o:

Embora possa causar grande impacto e reações diversas no meio cristão, temos a considerar o seguinte:

 

Sabendo que o Eterno:

  • * Abomina sacrifício humano.    Dt. 12:31
  • * Detesta quem derrama sangue inocente.    Pv. 6:17-17
  • * Requer unicamente a vida do homicida que intencionalmente executa seu semelhante.   Nm. 35:33
  • * Não aceita como expiação a vida do inocente em lugar do culpado.   Ez. 18:20
  • * Declarou que a alma que pecar essa morrerá.   Ex. 32:32-33
  • * Não cobre o ímpio com a justiça do justo.   Ez. 18:20 última parte.

 

Considerando também que:

  • *  Segundo ensinamentos da cristandade, a morte de Jesus foi considerada um homicídio (Atos 2:23; 7:52); concluímos, portanto, que o ritual da páscoa conforme ensinado e praticado pela igreja cristã em nossos dias trata-se de uma exaltação a satanás, inocentando-o do homicídio praticado no Calvário e atribuindo a responsabilidade do mesmo ao Eterno.

   Não estamos dizendo com isso que todos que até o momento seguem essa tradição estejam separados do Eterno, mas que à semelhança de Abraão entenderam de maneira errônea a determinação do Eterno. Mas assim como Abraão mudou de proceder tão logo o Senhor lhe mostrou o que deveria realmente fazer, nós também precisamos mudar de proceder tão logo o Eterno nos mostre a verdade, pois a partir daí não mais seremos inocentes.

שָׁלוֹם

Shalom!

 

 

Contato

Conhecendo a Verdade

e_b_verdade@hotmail.com

Pesquisar no site

© 2012 Todos os direitos reservados.

Crie um site grátisWebnode