Apocalipse 13

Revisto em 25/Chodesh Harevi’i/5775

Entendendo  Apocalipse 13              

     Só entenderemos este capítulo ao compreender o significado do termo besta e em que sentido o mesmo é aplicado pelo Eterno nas profecias.                                                        

                  Besta  -    É um animal quadrúpede, principalmente de grande porte.

     Nas profecias bíblica tem sido utilizado pelo Eterno para representar reinos ou potência dominante em um determinado período da história como podemos observar em Dn 7:3-8.

   Estes animais, conforme exposto acima, não representam indivíduos como alguns procuram aplicar a uma das fases do 4º animal, mas sim reinos que exerceram, exercem, ou ainda exercerão grande autoridade sobre os demais reinos em um determinado período da história.      

     Algo interessante que temos observado em nossas pesquisas, é o fato de que os animais mencionados em Dn 7:7; Ap 13:1-2; Ap 17:3, se referem a um mesmo reino em suas diversas fases ao longo de sua existência; ou seja:

  • Roma Império (Dn 7:7; Ap 12:3-4) - Quando governada pelos imperadores.
  • Roma Cristã (Ap 13:1-2)               - Quando governada pelo poder religioso europeu - "ICAR".
  • Roma Moderna (Ap:17:3)       - Governada pelo poder político econômico na pessoa do Presidente da União Europeia.

       A ponta pequena descrita em Dn 7:8, que teve a sua origem no período de Roma Império, e que para se estabelecer destruiu três das dez pontas já existentes, representa o surgimento do período de Roma Cristã, poder religioso europeu "ICAR", logo após as invasões das tribos bárbaras.

       Que o poder religioso europeu exercido pela ICAR cumpriu exatamente a profecia de Dn 7:8, podemos verificar ao analisar Ap 13:3-8, e compará-lo com a História Geral onde constataremos que a ICAR exerceu toda autoridade descrita nestes versos durante a Idade Média.

       O oitavo rei mencionado em Ap 17:11 corresponde ao poder político econômico (União Européia) que iniciou e persiste em seu processo de reunificação dos fragmentos do antigo Império Romano em nossos dias.  Que o poder político econômico exercido pela União Européia esta cumprindo exatamente a profecia de Ap 17:8 e 11, basta analisar Ap 17:12-14, e compará-lo  com a história atual. Concluímos portanto que Dn 7:8 e Ap 17:8 e 11, correspondem a duas fases de um mesmo reino que surgiu dos fragmentos do Império Romano em épocas sucessivas: uma fase regida pelo poder religioso exercido pela ICAR, e a outra regida pelo poder político econômico exercido pela União Européia.

 

A Primeira Besta de Apocalipse 13

       É interessante observar que o animal mencionado no cap. 13:1 assemelha-se com o dragão apresentado no cap. 12:3, donde concluímos se tratar de duas fases de um mesmo reino.

Portanto, considerando tratar-se de um mesmo reino, o ato do dragão entregar à besta o seu trono, poder e grande autoridade, significa apenas uma mudança no sistema de governo desse reino, ou seja: o dragão que governava Roma Império através da autoridade de imperadores pagãos/cristãostransferindo para Roma Cristã o seu poder, o seu trono, e grande autoridade, passando a governa-la através da autoridade do poder religioso europeu (ICAR), na pessoa de seu líder espiritual, o papa, visto o mesmo ter assumido todo poder e autoridade, como também o trono do antigo Império Romano, a cidade de Roma.

  • Quanto a besta apresentar algumas semelhanças com os três primeiros animais mencionados em Dn 7, pode bem significar que ela além de incorporar os territórios pertencentes àqueles reinos, também assimilaria algumas de suas características.

O QUE VEIO  SER A CURA DA FERIDA MORTAL CAUSADA PELA ESPADA EM UMA DAS CABEÇAS DA BESTA CONFORME RELATADA EM APOCALIPSE 13:14 ?

       Cientes de que besta no contexto profético simboliza um poder (reino) dominante, e que a besta de Ap 13:1-2 representa o período dominado pela Roma Cristã ao receber todo poder, autoridade e o próprio trono da Roma Imperial (cidade de Roma), consultando a História Geral verificamos que em um determinado período da história, o Imp. Romano foi dividido em dois reinos pelo imperador Teodósio I, que no ano 395 EC, através de um testamento, os entregou a seus dois filhos:

  • Imp. Romano do Ocidente, com sua sede em Roma deu-o a seu filho Honório.
  • Imp. Romano do Oriente, com sua sede em Constantinopla, deu-o a seu filho Arcádio

       Com o passar dos anos, devido a falta de habilidade de seus imperadores aliada às invasões realizadas pelas tribos bárbaras, o poder do Imp.Romano do Ocidente foi enfraquecendo ao ponto de no ano 476 EC, com a queda de Rômulo Augusto, seu último imperador, seu território foi fragmentado e ocupado pelas tribos bárbaras invasoras.  Nesse mesmo período em que o Imp. Romano se fragmentava, a influência da ICAR crescia ao ponto de posteriormente causar a queda de três das dez tribos que haviam se estabelecido nos fragmentos do Império, por não se harmonizarem com seus ideais. 

  • Através de sua autoridade sempre crescente, a ICAR conseguiu reunificar a nível espiritual o antigo Império Romano que havia sido mortalmente ferido pela espada das tribos bárbaras.  Desta forma, a ICAR passou a exercer domínio sobre todos os reinos que surgiram dos fragmentos do Imp. Romano, não à semelhança dos antigos imperadores que impunham a submissão pelo poder militar, mas sim pela autoridade espiritual, que fazia uso de todos os recursos para sujeitar os dissidentes.
  • Com os dados acima mencionados, a ferida mortal em uma das cabeças da besta, simboliza a fragmentação do Imp. Romano do Ocidente devido as invasões das tribos bárbaras, tornando seu território dividido em diversos reinos independentes.

       Quanto a cura dessa ferida mortal, a mesma simboliza a reunificação desses fragmentos a nível espiritual pelo poder religioso europeu exercido pela ICAR.  É fato histórico que a ICAR realmente reunificou todos os reinos que surgiram do Imp. Romano do Ocidente sob um mesmo domínio, um domínio espiritual no qual através de seus Papas, atuava como cabeça, cumprindo-se dessa forma a profecia de Dn 7:24, onde esta escrito que este reino seria diferente dos anteriores, um reino regido por uma autoridade religiosa e não militar como os que o antecederam.

Quanto ao dragão (Roma Império - poder militar) dar à besta (Roma Cristã  - poder religioso) seu poder, seu trono e grande autoridade, merecem destaques os seguintes fatos:

  • Constantino  - Com sua conversão ao cristianismo, em vez de abandonar o paganismo, trouxe-o para dentro do cristianismo.
  • Graciano  -   Em 375 EC, sendo um imperador cristão, recusou as vestimentas pagãs e o título "PONTÍFICE MÁXIMUS" comuns aos imperadores.  Nesta mesma ocasião, o bispo da ICAR tomou para si o título e as vestimentas rejeitadas pelo imperador.
  • Justiniano  -  Esse imperador, no ano 533 EC, emitiu um decreto reconhecendo o Papa como o " cabeça de todas as igrejas ".

Digno de nota estão também a queda de três das dez pontas (reinos) que se estabeleceram após a queda do Imp. Romano; são elas:

  • 493 EC  - Os Hérulos de Odoacro foram derrotados pelos Ostrogodos.
  • 534 EC  - Os Vândalos são subjugados completamente pelo imperador Justiniano.
  • 538 EC  -  Os Ostrogodos foram expulsos de Roma, e em 554 EC, deixaram de existir como um povo.

       Essas três tribos que se provaram incapazes de conviver em paz com a ICAR, tiveram o seu fim.  Com o passar dos anos e através de sua crescente influência, e autoridade, a ICAR submeteu a si todas as nações oriundas do antigo Imp. Romano, curando dessa forma a ferida mortal que fora desferida pela espada das tribos bárbaras em uma das cabeças da besta, o Imp. Romano do Ocidente.

       Ap 13:1-7, ensina que essa besta tornaria muito divergente das Escrituras seus rituais e ensinamentos, teria a duração de 42 meses durante os quais blasfemaria do Eterno, oprimiria os santos, e exerceria domínio sobre cada tribo, língua e nação.  Que a ICAR cumpriu essa profecia, esta bem claro na História Geral, pois a mesma passou a considerar seu líder espiritual com poderes de perdoar pecados, depor e nomear monarcas autorizou o culto às imagens, alterou a Lei do Eterno dada no Monte Sinai, ordenou a perseguição e morte de todos os que ousassem discordar de seus ensinos, como também diversas outras incoerências, dentre as quais a opressão ao povo santo (judeus) desde os primeiros séculos da era cristã.

       Dn 7:11 aponta para o período em que esse poder religioso se extinguiria, tendo o seu corpo desfeito ter que permanecer até o dia do juízo do Deus eterno.  Podemos divisar o cumprimento dessa profecia no período da Reforma Protestante, quando então algumas nações como a Suécia, Inglaterra e outras, deixaram de submeter-se à autoridade da ICAR, tornando-se nações livres de seu domínio como podemos verificar no seguinte relato sobre a Suécia:

  • "Ininterrupta e seguramente as trevas da ignorância e superstição foram dissipadas pela bem aventurada luz do evangelho. Liberta da opressão romana, a nação atingiu força e grandeza que nunca dantes havia alcançado. A Suécia tornou-se um dos baluartes do protestantismo. ... Foram os exércitos da Suécia que habilitaram a Alemanha a desviar a onda do êxito papal, a conquistar tolerância aos protestantes - calvinistas bem como luteranos - e a restabelecer a liberdade de consciência nos países que haviam abraçado a reforma". 

       Quanto à besta ter sido morta e seu corpo desfeito conforme Dn 7:11, equivale à queda do poder religioso europeu, que perdeu para sempre, devido a reforma protestante, o seu domínio, autoridade e poder com os quais mantinha submisso a si todos os reinos, perdendo inclusive o próprio trono, (Cidade de Roma), ficando restrita em nossos dias a um pequeno território (Vaticano), de onde a voz de seu líder já não causa mais aquela influência exercida no passado.  Quanto a seu corpo ser desfeito, isto equivale que ao perder o seu poder e autoridade, todos os reinos que lhe eram submissos, tornaram-se independentes por se desligarem do corpo que formava a Roma Cristã.

 

 A Segunda Besta de Apocalipse 13

       Como entender a 2ª besta que possui dois chifres como de cordeiro, mas falando como dragão, exercendo toda autoridade da 1ª besta diante da mesma, fazendo também com que a terra e seus moradores adorem a 1ª besta cuja ferida mortal fora curada, operando grandes maravilhas ao ponto de fazer fogo descer do céu à vista dos homens, através dos quais seduz os habitantes da terra.  Mandando também que se faça uma imagem à besta cuja ferida mortal fora curada, dando-lhe poder para que não somente falasse, mas também fizesse morrer todos que não adorassem a imagem da besta.

Considerando a simbologia como se segue:

  • Chifre      =  Reino
  • Cordeiro  =   Israel
  • Dragão     =   Império Romano

       Podemos verificar que a 2ª besta, potência dominante em nossos dias - EUA -, em todas as suas campanhas, sempre esta acompanhado de seu aliado incondicional, a Grã-Bretanha;  ambas sendo cristãs, vem agindo como o dragão (Imp. Romano), que sempre  lançava mão das armas para subjugar seus adversários.  O exercer toda a autoridade da 1ª besta na presença da mesma, significa que através do poder e autoridade adquiridas, a 2ª besta, EUA, subordinou a si as nações européias (terceira fase do Imp. Romano - UE),  conforme prefigurado em Ap 17:3 por uma mulher (EUA), sentada sobre uma besta (terceira fase do Imp. Romano - UE)).  Quanto ao fazer descer fogo dos céus diante dos homens, com os quais seduz os habitantes da terra, notório é a todos através da imprensa, os poderosos armamentos do arsenal dessa nação, onde os mísseis, principalmente vistos à noite, são como fogo se dirigindo dos céus à terra, e com esses armamentos, todas as nações são seduzidas a lhe tributar obediência (adoração).

       Quanto a fazer uma imagem à 1ª besta, aquela cuja ferida mortal fora curada, sabemos que o Imp. Romano (Roma pagã / Roma cristã), era um poder centralizador, onde o seu dirigente (imperadores no período de Roma  Império, e o Papa no período de Roma cristã), requisitava os exércitos das nações que lhe eram submissas, com o objetivo de cumprir suas determinações.  

       Hoje em dia podemos observar uma imagem desse poder (Império Romano), na Organização das Nações Unidas, ONU, pois ela é o único poder na terra com a mesma autoridade dos imperadores e dos papas no passado, pois impõe a todas as nações para que se lhe submetam (adore), obedecendo a suas resoluções, como também punindo aqueles que procuram resistir-lhe, aplicando sanções econômicas, dentre as quais a proibição na participação no comércio internacional, e mesmo a pena de morte (confronto militar com  perda de sua soberania) para os irreconciliáveis.

Que sinal será colocado na mão ou na fronte de todos (nações), grandes e pequenas, ricos e pobres, livres ou escravos, sem o qual não poderão nem comprar ou vender ?

       Assim como na cristandade o sinal para que alguém seja considerado como cristão é o batismo em nome de Jesus, o sinal ou marca da besta poderá ser o ato de filiação e consequente submissão às determinações da besta (poder dominante) e da imagem da 1ª besta (ONU), o que já podemos vislumbrar no panorama mundial, pois em virtude da globalização, nenhuma nação consegue prosperar se for privada de participar no comércio internacional, como podemos observar com o Iraque que por não se submeter às resoluções da ONU, foi privado do referido comércio (não pôde comprar nem vender) desde 1990, culminando com a perda de sua soberania (pena de morte) em 2003, tudo isto por não ter se submetido às resoluções da potência dominante e da ONU.  O mesmo ocorreu informalmente com Israel devido aos conflitos no Oriente Médio, onde algumas nações européias como a Alemanha, França e Inglaterra, impuseram embargo à venda de equipamentos militares a Israel, o que foi seguido por quase todos os países europeus conforme reportagem do jornal "O Estado de São Paulo" pág. A-13 do dia 10 de Abril de 2002.   Nos dias atuais podemos perceber um maior isolamento de Israel no panorama internacional devido a sua luta pelo direito de existir como nação, como é demonstrado pelo crescente antissemitismo europeu, e a pressão internacional com o objetivo de que aceitem as determinações de seus inimigos conforme publicado na revista "Veja" de 03 de Dezembro de 2003 pág. 56-58. (Em profundidade: Questão Palestina  https://www.veja.com.br/ )

  • Nos encontramos em fevereiro de 2004, e já podemos observar Israel sendo conduzido à Corte Internacional de Justiça de Haia, na Holanda, devido a construção de um muro de segurança.  No dia 25/02/2004, este tribunal que dará o seu veredicto final dentro de 3 a 6 meses, já vem considerando ilegal essa construção.

       Na verdade, Israel vem acumulando constantes rejeições às resoluções da ONU.  Que quadro poderá se desenrolar devido a essa atitude do governo israelense ?   Medite em Ap 13:15; e 16:13-16.

Quanto ao número da besta que é mencionado no verso 18, preferimos ainda fazer uma melhor análise.    

 

Shalom!

 

 

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