Juízo Investigativo ?

Revisado em Chodesh HaRevi’i  -  4º Mês  -  5776 

     Existem diversas interpretações para explicar a profecia mencionada em Dn 8:13 e 14 e dentre elas destacamos a doutrina do Juízo Investigativo iniciado, segundo seus autores em 22 de outubro de 1844, dia este que segundo esses teólogos coincidiu com o 10º dia do sétimo mês do calendário judaico caraíta, quando então foi observado entre judeus caraítas o Dia da Expiação. 

     No entanto se considerarmos que o Dia da Expiação ocorrido em 1844 tenha marcado o início de um Juízo Investigativo que, segundo seus observadores, deverá encerrar com o fechamento da Porta da Graça, evento este que corresponde ao final das atividades que emglobam o Dia da Expiação, e considerando também que um dia em profecias equivale a um ano conforme ensinado por esses mesmos teólogos, como então explicar o seguinte fato: 

  • Se o 'Dia da Expiação' é apenas um dia, e em profecias um dia equivale a um ano, por que o 'Dia da Expiação' que é interpretado por muitos evangélicos como sendo o "Juízo Investigativo", sendo apenas um dia, neste ano, 2013, já esta equivalendo a 169 anos ? 

                          2013 - 1844 = 169 anos 

   

     Considerando que o Fechamento da Porta da Graça equivale ao final do ritual do Dia da Expiação, (dia dez do sétimo mês do calendário judaico), e a volta do Messias é prefigurada pela Festa dos Tabernáculos, (dia quinze do sétimo mês do calendário judaico, PP - 579 e CS - 398) , como então explicar: 

 

  • * Que após o fechamento da Porta da Graça teremos um ano de pragas e logo em seguida a volta do Messias, se do Dia da Expiação até a Festa dos Tabernáculos transcorrem cinco dias, e levando-se em consideração um dia como sendo um ano, o coerente não seria o Messias voltar cinco anos após o fechamento da Porta da Graça, ou mesmo, considerando também que em profecias um dia pode corresponder, hoje, a 169 anos conforme esta ocorrendo com a aplicação para o Dia da Expiação como vem sendo interpretado por seus autores, o coerente não seria o Messias voltar oitocentos e quarenta e cinco anos após o Fechamento da Porta da Graça?

                            169 X 5 = 845 anos

Existe um Juízo Investigativo ?

     * Embora muitos evangélicos creiam sinceramente em um juízo investigativo iniciado em 22/10/1844 com o exame dos que já morreram quer tenham ou não consagrado a vida a Jesus, e logo em seguida passando para o caso dos vivos, juízo este que deverá culminar com o decreto de Ap 22:11, onde o destino de toda humanidade estará para sempre decidido, essa doutrina não tendo nenhuma base bíblica esta sendo rejeitada por muitos cristãos que estão examinando as Escrituras nestes últimos dias. 

Que base bíblica é usada para apoiar essa doutrina ?

     Alguns dos textos encontram-se em Dn 7:13 e 14, e 8:13 e 14, onde segundo a interpretação dos que a defendem, Jesus passou do lugar santo para o santíssimo no Santuário celestial, conforme prefigurado pelo ritual do Dia da Expiação que é realizado no dia dez do sétimo mês do calendário judaico (Lv 23:26-32), quando, segundo eles, é dado início ao julgamento da humanidade que  corresponde a purificação do Santuário mencionada em Dn 8:13 e 14. Este julgamento segundo os defensores dessa doutrina, começou com o caso dos que já morreram, e logo em seguida, passará para o caso dos que ainda estão vivo. 

     O erro cometido nessa interpretação, é a aplicação feita de Dn 7:13 e 14, com Lv 16:1-10, 29-34. Explicam eles que Jesus comparecendo diante do Pai, conforme profetizado em Dn 7:13-14, para ser investido de autoridade e poder, corresponde no ritual do Dia da Expiação ao momento em que o Sumo sacerdote passava do lugar santo para o lugar santíssimo com o objetivo de exercer seu ministério. 

     Estes são os textos básicos para firmar essa doutrina, doutrina que esta sendo questionada por muitos visto que os referidos textos não se harmonizam com a aplicação apresentada por seus defensores, mas se referem a eventos muito distintos um do outro; Vejamos:

  • * Em Lv 16:1-10, 29-34, Moisés ao relatar o cerimonial do Dia da Expiação deixa bem claro que o sumo sacerdote no dia 10 do sétimo mês, entra no lugar santíssimo com o objetivo de exercer seu ministério, ou seja, apresentar ao Eterno, diante de toda hoste celestial, o nome de todo aquele que com coração sincero Lhe consagraram a vida  para que Este os justifique ao atribuir a culpa de  suas transgressões ao originador do pecado. 
  • * O Dia da Expiação não era um dia de investidura, mas sim de trabalho para o Sumo sacerdote.
  • Dn 7:13 e 14, refere-se ao momento em que o Messias comparece perante o Deus eterno com o objetivo de assumir toda autoridade que Lhe fora outorgada, fato este ocorrido logo após o julgamento relatado em Dn 7:9 e 10. Este relato se harmoniza com o texto que se encontra em Ap 12:10-11. 


Fatos Ligados ao Dia da Expiação

  1. O sacerdote era investido de autoridade para ministrar como Sumo sacerdote em outra ocasião; nunca no Dia da Expiação. 
  2. Antes que o Sumo sacerdote entrasse no lugar santíssimo, o serviço diário era encerrado, serviço este no qual a vida do pecador penitente, simbolizada pelo sangue da oferta, era consagrada ao Eterno. 
  3. Quando o Sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo do Santuário, cessavam os serviços diários e o Sumo sacerdote a partir desse momento, só ministrava em favor do transgressor cuja vida fora anteriormente consagrada ao Eterno. 
  4. No Dia da Expiação os pecados tanto dos mortos como dos vivos, eram removidos ao mesmo tempo. A culpa pelos mesmos era então atribuída a satanás, o bode emissário, que deverá receber a justa punição satisfazendo dessa forma os reclamos da Lei do Eterno que fora violada, tornando-se também patente perante todo Universo, a Justiça e Misericórdia do Eterno no trato com Suas criaturas. 
  5. A cerimônia do Dia da Expiação transcorria anualmente em apenas um único dia. 
  6. Sendo o Dia da Expiação precedido pela Festa das Trombetas (dia primeiro do sétimo mês - Ano Novo Judaico), esta Festa está intimamente relacionada com o mesmo por se tratar de uma convocação para que todos aqueles que com sinceridade de coração se consagraram ao Deus eterno se preparem para o dia do juízo estabelecido sobre o Seu povo e tipificado pelo Dia da Expiação. 


O Que é Ensinado Acerca da Expiação Pelos Que Defendem a Doutrina do Juízo Investigativo em 22/10/1844.

  • * Jesus, o  Sumo sacerdote (daqueles que observam essa doutrina) entrou no lugar santíssimo do Santuário Celestial no dia 22/10/1844, com o objetivo de ser investido de autoridade. 
  • * A expiação iniciou-se com o Messias examinando primeiramente o caso de todos os que já morreram, e só após, o mesmo passará a examinar o caso dos vivos. 
  • * A expiação vem se desenrolando desde 22/10/1844, e não se sabe quando irá terminar. 


CONCLUSÃO:

  • * Se no Dia da Expiação, quando o Sumo sacerdote entrava no lugar Santíssimo do Santuário, cessava a oportunidade do pecador consagrar sua vida ao Eterno confessando-Lhe seus pecados, e, como ensinam os defensores da doutrina do Juízo Investigativo, Jesus, o Sumo sacerdote (daqueles que observam essa doutrina), entrou no lugar Santíssimo do Santuário Celestial em 22/10/1844 para ministrar a Expiação, fica evidente que todas as pessoas que cometeram algum pecado, ou mesmo tenham nascido após a referida data, não terão mais oportunidade de salvação.

 

Outros textos também não se harmonizam com a doutrina do Juízo Investigativo iniciado em 1844 pois, como sabemos que o Eterno não faz acepção de pessoas, nem é um Deus parcial, como poderíamos explicar os seguintes fatos relatados na Bíblia: 

 

  • * Como explicar a ressurreição de Moisés (Jd 9), uma vez que conforme os defensores da doutrina do Juízo Investigativo, o juízo dos mortos só se iniciou em 22/10/1844 ? 
  • * Como explicar a ressurreição de muitos quando Jesus expirou na cruz (Mt 28:52-53), visto que o juízo dos mortos só se iniciou em 22/10/1844 ? 
  • * Como Enoque e Elias puderam ser trasladados vivos para os Céus (Gn 5:23-24; IIRs 2:11), se o Juízo Investigativo dos vivos não havia se iniciado, uma vez que o mesmo só se iniciará após o término do juízo dos mortos, conforme creem os defensores dessa doutrina ?
  • Devido a falta de base bíblica para este ensino, o mesmo tem sido rejeitado por muitos, e a interpretação da primeira mensagem angélica que estes evangélicos aplicaram ao início desse juízo, cai por terra.


A que então se aplica a primeira mensagem angélica de Ap 14: 6-7 ?

  • * Em Ap: 14:6-7, é ensinado que o Eterno enviará uma mensagem convocando todas as nações, tribo, língua e povo, para que se preparem para o juízo que Ele executará sobre a Terra, temendo-O e dando-Lhe glória. 
  • * Em Ez: 39:1-10, o Eterno afirma que o dia de que Ele tem falado, é aquele em que irá punir todas as nações e povos que se unirem para combater a nação de Israel, Seu povo.
  • * Analisando Ap: 16:12-21, podemos observar que se assemelha bastante com a mensagem de Ez: 38:18-23, onde o Eterno exercerá o seu juízo sobre as nações.
  • * Com o exposto acima, concluímos que a primeira mensagem angélica de Ap 14, se refere a intervenção que o Eterno fará em favor da nação de Israel. Todos aqueles que combaterem a Nação de Israel serão punidos pelos juízos do Eterno, e novamente Israel poderá testemunhar da justiça e misericórdia do Eterno a todo mundo.

 

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Shalom!

 

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