Apocalipse 11

Revisto em 19/Chodesh Harevi’i/5775

Apocalipse 11:3-11

       Através do concerto estabelecido pelo Eterno com Abraão, Isaque e Jacó, Israel se tornou Sua testemunha, devendo ser Seu povo peculiar através do qual Ele será revelado não somente a todas as nações, mas também perante todo o Universo como o único Deus verdadeiro, justo e misericordioso, criador dos Céus e da Terra como podemos observar nos seguintes textos:

Todas as nações serão abençoadas com o conhecimento do Deus eterno adquirido por meio do testemunho de Israel.

     Desde os dias de Moisés até o reinado de Salomão, Israel era a única testemunha do Eterno entre as nações; no entanto, devido sua divisão em dois reinos após a morte de Salomão, o Eterno passou a ter duas testemunhas entre as nações, o reino de Israel que se formou com as dez tribos que se rebelaram contra o filho de Salomão, e o reino de Judá, formado pelas duas tribos que lhe permaneceram leais. Desde então, através desses dois reinos, (duas testemunhas), o mundo (Terra e Universo), haveria de adquirir o conhecimento do Deus eterno.

     Com a invasão dos Assírios sobre o reino de Israel, II Rs17:1-23, e a invasão do reino de Judá por Nabucodonosor, II Rs 25:1-22, estes dois reinos perderam sua soberania nacional, e tornaram-se meras províncias submissas aos impérios que se seguiram, ou simplesmente colônia espalhadas entre os diversos reinos que os acolheram. Já sem soberania nacional e após serem derrotados pelos romanos em sua última revolta em torno do ano 135 E.C., Israel deixou de existir como nação, sendo os seus habitantes expulsos da terra prometida a Abraão, Isaque e Jacó, a terra de canaã, (atual palestina), terra de desertos, que passou a ser ocupada indevidamente por outros povos. Ez 36:5.

     Após sua expulsão, Israel encontrou refúgio nos diversos domínios do Império Romano, porém passaram a ser um povo humilhado e oprimido em todos os reinos que os acolhiam. Mesmo assim, sob a humilhação e opressão dos povos que os acolheram, os judeus, como passaram a ser conhecidos, se organizaram em colônias onde mantiveram seus costumes peculiares, continuando dessa forma a testificar do Deus eterno, não permitindo que os costumes dos povos nos quais foram acolhidos corrompesse sua fé e relacionamento com o Deus eterno, permanecendo dessa forma como Suas testemunhas vivas.

     Sendo um povo sem pátria e vivendo espalhado entre as diversas nações, os judeus passaram por um período de maus tratos e humilhação, simbolizado pelas vestes de pano de saco, tornando-se também um motivo de opróbrio ao Eterno que fizera uma aliança com Abraão, Isaque e Jacó, pois d'Ele se dizia: "Que Deus é este que não pode proteger Seu povo". Devido a isto, as nações passaram a considerá-los como um povo rejeitado pelo Deus eterno, e digno de todo desprezo e crueldade. Nestas circunstâncias, durante muitos séculos os judeus, mesmo ante a morte, continuaram testificando de Seu Deus, tornando-se testemunhas vivas de que os dons do Eterno são irrevogáveis, não dependendo de circunstâncias ou obras humana, mas sim de Sua Justiça e Misericórdia que não tarda, não tem o inocente por culpado ou o culpado por inocente. A própria história testifica que todos os povos que acolhiam os judeus com benignidade prosperavam, enquanto para aqueles que os oprimiam sucedia o contrário.

Elas São as Duas Oliveiras e os Dois Candeeiros Que se Acham em Pé Diante do Senhor da Terra

      * Como já abordamos na pesquisa sobre o santuário, o candelabro era um símbolo do povo de Israel que foi tomado como testemunha do Eterno perante todo o Universo, fato este confirmado em Zacarias 4:4, 11-14, ao comparar os dois reinos, Judá e Israel, ao castiçal que se achava diante do Senhor da Terra (lugar santo do Tabernáculo).

  • * Outro detalhe apresentado por Zacarias  confirmando a declaração acima, são as duas oliveiras que vertiam azeite para as lâmpadas do castiçal, pois como já aprendemos em Lv 24:2, o azeite para abastecer as lâmpadas do candelabro era fornecida pelo povo de Israel. Dessa forma, assim como o azeite que mantinha acesa as lâmpadas do castiçal era armazenada em seu interior, a nação de Israel, simbolizada pelo castiçal, congregaria o povo escolhido pelo Eterno para ser Sua testemunha perante os olhos de todo Universo.

 

  • * A única diferença que alguns pesquisadores poderiam alegar, é que João no Apocalipse menciona dois castiçais, enquanto que no Tabernáculo existia apenas um castiçal, o que é mencionado também pelo profeta Zacarias no capítulo quatro de seu livro. No entanto, quando analisamos mais detalhadamente as profecias, verificamos que essa pratica é comum entre os profetas, como podemos verificar entre Zacarias e Jeremias, onde Zacarias menciona duas oliveiras para simbolizar os dois reinos, Judá e Israel, e Jeremias 11:16-17 nos apresenta o Eterno representando os dois reinos a uma única oliveira. Outro exemplo encontramos entre os profetas Daniel e João, onde Daniel nos apresenta o império Romano sendo simbolizado por um monstro  (dragão) com dez chifres, e João nos apresenta o mesmo reino sendo simbolizado por um dragão (monstro)com sete cabeças e dez chifres.

     Assim como da Oliveira se extraia o azeite que mantinha acesa a chama do candelabro, do povo de Israel se extrai os ensinamentos que irão iluminar o mundo (Universo) com o conhecimento da justiça, misericórdia e autoridade de YAHWEH, o único Deus verdadeiro.

  • Israel é o único povo a quem o Eterno 0utorgou (ungiu) a condição de ser a Sua testemunha. 


Quando Concluírem o Testemuno Que Devem Dar, a Besta que Surge do Abismo Pelejará Contra Elas e as Vencerá e Matará.

     Que testemunho os Judeus deveriam dar ao mundo (Universo) antes que a besta que surge do abismo se lançasse contra eles e os matassem ?

  • * Durante todo o período de seu último exílio iniciado após o ano 135 EC, as duas testemunhas sob as situações mais adversas, simbolizadas pelas vestes de panos de saco, mantiveram através das colônias judaicas os fundamentos de sua fé incontaminados mesmo diante da morte, sendo assim uma testemunha da fidelidade do Eterno ao concerto estabelecido com os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, pois nos momentos mais críticos, quando estavam quase a sucumbir, o Eterno sempre preservava um remanescente. Ex 2:23-25. 

     * Examinando a História Geral, podemos verificar que durante o período da supremacia religiosa exercida pela ICAR na Idade Média, os judeus sofreram humilhação e maus tratos dentre os quais o batismo forçado. Devido sua resistência, muitos judeus foram mortos e colônias inteiras aniquiladas. Estes relatos nos fazem lembrar as profecias mencionadas em Ap 13:5 e 7; 11:7pp.

     * Após terminarem seu testemunho, ou seja, com o término do julgamento das hostes celestiais (Dn 7:9-14) ocorrido no período correspondente a queda dos estados papais aqui na terra, e a expulsão de satanás e seus anjos dos céus, (Ap 12:10-11), se levantou na Europa, antigo domínio do Império Romano, uma nação (besta), a Alemanha, que matou as duas testemunhas ao exterminar as colônias judaicas da Europa, aniquilando milhares de vidas durante o período do holocausto, denominado pelos nazistas como a Solução Final, que durou aproximadamente 3 1/2 anos (1941 - 1944/45). Neste mesmo período todas as nações que tinham conhecimento das mortes dos judeus na Europa criaram obstáculos para não receberem os refugiados judeus em seus territórios, inclusive ordenando o retorno daqueles que já haviam conseguido fugir da Europa nazista, cumprindo-se desta forma a profecia de Ap 11:9, visto que o Eterno considera as nações como sendo a sepultura de Seu povo. Ez 37:9-14 e 21-22.

O Eterno Toma Para Si as Testemunhas e Sobreveio Um Grande Terremoto

Ezequiel 36:22-38

  • * O Eterno tomará para si os filhos de Israel, os levará de volta a sua terra, e nesta, vindicará o seu nome por intermédio de Seu povo, e assumirá o governo do mesmo conforme nos dias do êxodo até os dias dos juízes.

Ezequiel 37:21-23

  • * O Eterno declara que os dois reinos, Judá e Israel, tornarão a ser um único reino como nos dias de Davi.

Ezequiel 37:26-28

  • * Esta profecia indica claramente que YAHWEH tornará a reinar em Israel.

 

     *** Em 14 de Maio de 1948 Israel ressurge como nação soberana, despertando o preconceito, ódio e medo das nações ao seu redor. Devido a esse ódio, diversas nações se uniram para destruí-la (Ap 12:15-16); no entanto, a cada tentativa das nações para destruí-la, Israel se fortalecia mais e mais.


     * O terremoto mencionado em Ap 11:13 pode corresponder ao mesmo mencionado em Ez 38:19-20; Ap 11:19 e 16:18, que indica exatamente o momento em que o Eterno através de Israel, vindicará o Seu nome sobre todas as nações que se levantarão contra o Seu povo, livrando e elevando-o com o objetivo de que o mesmo cumpra sua missão por Ele determinada, ou seja, revelar ao mundo o conhecimento do Deus eterno, preparando-o para o Dia do Juízo conforme prefigurado pela Festa dos Tabernáculos.

 

Profetizam Por 1260 Dias Vestidas de Pano de Saco

Vestes de pano de saco

  • * Sinal de humilhação Is 37:1-5; Jn 3:5-10; Et 4:1-3

1260 dias

  • * Período profético correspondente a ...

Reino de Israel
* Invadido pela Assíria, II Rs 17:1-23. .......... ( Perda da soberania nacional até o ano 1948 EC. ) 

Reino de Judá 
* Invadida por Babilônia II Rs 25:1-22 .......... ( Perda da soberania nacional até o ano 1948 EC ). 

135 EC - 1948 EC 

  • * Israel tornou-se uma nação morta, espalhada por todas as nações como simples colônias

1948 EC - 2010 EC 

  • * Israel ressuscita como uma única nação, soberana, com um poderoso exército, trazendo espanto e temor a todos os povos ao redor, e respeito na comunidade mundial. Ez 37:9-10; Ap:11:11.

Conclusão:

  • * As duas testemunhas mencionadas em Apocalipse 11, representam a nação de Israel que em certo período da história foi dividida em dois reinos, mas que, conforme Ezequiel 37:21-28, o Eterno as tomou para Si, tornando-as novamente em uma única nação, poderosa em todos os aspectos.


Comentários Especiais Sobre o Uso da Expressão Oliveira Nos Textos Bíblicos

     * Estivemos examinando a Torah, e ao que nos consta, se nenhum texto ter passado desapercebido, a OLIVEIRA nunca foi utilizada para simbolizar uma outra nação, a não ser a nação de Israel. Portanto, todos os textos em que aparecer a OLIVEIRA simbolizando uma nação ou povo, eles obviamente deverão se referir à nação ou ao povo de Israel. 

  • * Na Torah à página 382, a Nação de Israel é comparada a uma oliveira. Os 14:7 (Os 14:6 nas Bíblias Evangélicas). 
  • * Na Torah o texto de Zc 4 à página 431, nos ensina que as duas oliveiras abastecem com azeite puro o candelabro de sete braços usado para a iluminação do Tabernáculo. Ver Ex. 27:20.
  • * Na Torah à pagina 148, no comentário sobre o significado do azeite puro da oliveira, nos é ensinado que o mesmo representa o povo de Israel.

 

     *** Levando em consideração os textos acima mencionados, podemos concluir que as duas oliveiras que abastecem o candelabro, correspondem aos dois reinos nos quais a Nação de Israel foi dividida após a morte da Salomão, e que deveriam se unificar para iluminar o mundo com o conhecimento do Eterno, preparando-o para o Dia do Juízo.


Nota:

Livro "A BÍBLIA DISSE A VERDADE" , de Sir. Charles Marrston, Editora Itatiaia Limitada, Belo Horizonte - 1958

Neste livro encontramos as seguintes declarações:

  • * Na página 57 nos é apresentado os Hebreus como sendo de origem Semita.
  • * Na página 183 nos é apresentado que a oliveira acha-se particularmente ligada à raça semita.



Shalom ! 

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